5º Greenmeeting

Encontro Verde das Américas chega à sua 5ª edição

O V Encontro Verde das Américas aconteceu nos dias 20, 21 e 22 de setembro, no teatro do Sesiminas, em Belo Horizonte. Foram três dias de palestras e debates em que o meio ambiente foi brindado com manifestações de preocupação, empenho e comprometimento em favor do desenvolvimento sustentável. O auditório, com capacidade para 700 pessoas, esteve lotado nos três dias do evento, um termômetro que mostrou o quanto as pessoas estão interessadas em discutir o futuro do planeta, principalmente os jovens que eram a maioria.
Na abertura do evento foi feita a entrega do Prêmio Verde das Américas às pessoas que vêm, nos últimos anos, contribuindo para o desenvolvimento e a preservação ambiental do planeta. Entre os premiados estavam a Secretária Geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e Ex-Presidente do Equador, Rosalía Arteaga Serrado, o Embaixador da Finlândia Hannu Uusi-Videnoja, Maria Dalce Ricas, da AMDA, a Dra. Niède Guidon, o jornalista Washington Novais e Mário Mantovani, Diretor da SOS Mata Atlântica, recebe o Prêmio Verde das Américas do Coordenador Geral do Encontro.Além disso o Deputado Federal, Sarney Filho, recebeu uma homenagem do Prefeito da cidade de Pinheiro no Maranhão, Filuca Mendes.
Após a entrega do prêmio, o coordenador geral do evento, Ademar Soares, abriu o evento com um discurso sobre a importância de se preservar o planeta, discurso esse que terminou com a frase “que deus salve a terra, as estrelas e o universo”.
A primeira mesa do evento foi presidida pelo vice-prefeito de Belo Horizonte, Ronaldo Vasconcellos, que teve como companheiros de mesa a DrªRosalía Arteaga, Secretária Geral da OTCA, o embaixador Musa Amer Salim Odeh, Chefe da Delegação Especial da Palestina, José Carlos de Carvalho, Secretário de Estado de Meio Ambiente, Sarney Filho, Deputado Federal e, o debate foi mediado pelo jornalista e escritor Washington Novaes.
Rosalía Arteaga fez uma apresentação sobre a OTCA e a missão desta organização pela preservação da maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia da Amazônia. Ela acredita que o principal elemento do meio ambiente é o homem e com base nisso procura desenvolver trabalhos que envolvam o homem no processo de preservação da região, assim como a discussão sobre o reconhecimento da propriedade intelectual, patente e direito coletivo do povo no que diz respeito por exemplo ao cultivo e exploração de cupuaçu.
Rosalía defendeu que a gestão de conhecimento e o diálogo político local são importantes para o desenvolvimento sustentável e uso responsável da Amazônia.
- Agora todo mundo fala das mudanças climáticas, depois que o furacão bateu na porta da potência unipolar. Nós sabemos que a tarefa para proteger o que é nosso, é muito grande – disse a Secretária Geral da OTCA e completou - Sou uma pessoa geralmente otimista, mas quando olho as estatísticas, crianças com problemas nos olhos e brônquios, contaminação da água e um avião impedido de pousar porque há muita fumaça, eu penso: temos que dormir com um olho aberto para cuidar do patrimônio da humanidade, a nossa Amazônia.
O Chefe da Delegação Especial da Palestina, Musa Amer Salim Odeh, fez uma palestra com o tema: “Estado Palestino: um caminho para paz e para a vida”, na qual ele discorreu sobre os problemas que as pessoas que vivem na região enfrentam como o estado de pobreza e a degradação ambiental, que segundo ele, já contabiliza a destruição de cerca de 1 milhão e 300 mil oliveiras, fatos estes que ele se referiu como sendo um orifício no coração da palestina.
- O nosso ambiente não pertence a nós, mas sim a todos vocês. O que protegermos no meio ambiente, estaremos protegendo em nome da humanidade – disse o Chefe da Delegação Especial da Palestina.
Sarney Filho tratou a questão do esgotamento dos mecanismos de controle ambiental na gestão da última grande floresta tropical do mundo, a Amazônia.
Para ele a sociedade brasileira reconhece que um novo modelo de desenvolvimento deve ser implantado, ainda mais no Norte. O deputado federal citou as leis ambientais, o estatuto das cidades, a lei do SNUC, que mesmo sendo aplicadas, não têm sido suficientes para a preservação, já que as multas nem sempre são pagas.
- Estamos destruindo antes de conhecer e o número de desmatamento da Amazônia é uma incógnita– disse ele e criticou o governador do Mato Grosso que é o maior plantador individual de soja do mundo.
No viés das criticas ele falou sobre o lobby de ruralistas, acentuando que o governo é frágil.
- Nós perdemos as votações, os transgênicos foram liberados através de Medida Provisória e a CTNBio é como uma supersecretaria, graças à pressão dos ruralistas.Eles são nocivos, porque têm visão desenvolvimentista. A grande maioria é nociva à política ambiental – finalizou.
Ainda no primeiro dia do V Encontro Verde das Américas houve uma segunda mesa de discussão da qual participaram Niède Guidon, socióloga e arqueóloga e presidente da FUMDHAM (Fundação Museu do Homem Americano), Nelson Cabral de Carvalho, Coordenador de SMS Corporativa da Petrobras na Região Norte, Hannu Uusi-videnoja, Embaixador da Finlândia, Marcos Terena, Coordenador da participação indígena na COP-8, Yuri Bogaievsky, Embaixador da Ucrânia e Ronaldo Malard da Organização Ponto Terra.
Durante esta mesa assuntos de diversas vertentes foram expostos e debatidos, mostrando a transversalidade e interdisciplinaridade que o tema meio ambiente proporciona.
A socióloga e arqueóloga, doutora pela Sorbonne, Niède Guidon falou sobre o Parque Nacional da Serra da Capivara e da Fundação Museu do Homem Americano e o trabalho que vêm desenvolvendo na região.
O parque tem 124 sítios arqueológicos, com arte rupestre, pontes e iluminação, com estrutura para receber a visita de cerca de 3 milhões de turistas anualmente, segundo o estudo de potencial turístico feito por uma instituição suíça. Porém, a falta de vias de acesso e o sumiço do dinheiro da obra do aeroporto licitada em 98 pelo governo federal, dificultam a chegada de turistas ao parque.
- O parque é auto-sustentável desde que os turistas venham visitá-lo – diz Niède Guidon.
A equipe desenvolve trabalhos com as famílias da região e atende as crianças em cinco escolas na zona rural do parque com aulas do currículo oficial, além de artes e esportes. Mas, apesar de toda a estruturação e de ter o Centro Cultural Sergio Motta – que está instalado dentro do parque – reconhecido como a melhor instalação da América Latina, pela Unesco, a doutora Niède alerta que nem tudo é positivo no parque, pois nos 130 mil hectares existem somente 4 tamanduás-bandeira.
O Coordenador de SMS Corporativa da Petrobras na Região Norte, Nelson Cabral de Carvalho, falou sobre a gestão ambiental na Amazônia, que trabalha com base na prevenção, contingência e melhoria continua da gestão e sustentabilidade.
Ele citou o Programa PIATAM II de monitoramento ambiental, o monitoramento sistemático de avaliação de riscos ambientais realizado no trecho urucu-manaus e o processo de comunicação e tecnologia da informação desenvolvido pela Petrobras
A palestra do Embaixador da Finlândia, Hannu Uusi-videnoja, foi sobre o Meio Ambiente, Turismo e Desenvolvimento Sustentável na Finlândia, na qual ele falou sobre os programas desenvolvidos em seu país, que é o primeiro no mundo em sustentabilidade ambiental, segundo o Fórum Econômico de Davos.
Entre as conquistas em favor do meio ambiente, o embaixador citou a educação ambiental implantada em todas as escolas, a participação das empresas finlandesas na conservação ambiental, a incineração de resíduos industriais a partir da segunda metade do século XX e a utilização racional de energia.
Ele alertou que o setor industrial com maior impacto é a indústria florestal e as indústrias têm elevados níveis de eficiência energética, além disso o a país vem desenvolvendo cerca de 60 projetos envolvendo as principais fontes de energia renovável e é o único país europeu construindo uma nova usina nuclear, por acreditarem ser esta uma energia pura.
Os resíduos são reaproveitados, entre eles 75% de papel e 98% de vasilhames, além da coleta seletiva de resíduos biodegradáveis.
Mesmo com todos os mecanismos para garantir uma sustentabilidade ambiental, o embaixador alertou que o efeito estufa, num aquecimento estimado de 1 a 4 ºC em 100 anos poria a natureza finlandesa a uma prova muito dura.
O conhecimento tradicional indígena foi o tema tratado pelo coordenador da participação indígena na COP-8, Marcos Terena.
Para ele, o olhar de índio para com o Meio Ambiente e a terra não é separado do ser humano de viver e viver bem. Terena disse que eles sempre foram ricos e com qualidade de vida, correndo, caçando e pescando, produzindo seus alimentos na floresta. Ele defende que o índio nasceu com responsabilidade para que a natureza gere qualidade de vida, pois, segundo ele, o criador cria o ser de acordo com o seu habitat.
Terena criticou o governo brasileiro por não ter estratégias para a proteção do patrimônio.
- O olhar do Brasil não pode ser o de quem não sabe cuidar, nós não queremos um Brasil poluído e pobre e o Encontro Verde das Américas é importante para a reflexão e a ação – concluiu.
Em sua palestra, Yuri Bogaievsky, embaixador da Ucrânia, falou que apesar das leis ambientais terem sido adotadas logo após a Raco-92, seu país enfrentará junto com os países europeus os desafios para o desenvolvimento sustentável. Ele destacou que um dos problemas ambientais mais latentes é a restrição, nos próximos 15 anos, dos recursos naturais e criticou a ineficiência do plano de resíduos, que ainda não é completo.
No segundo dia do evento, as discussões continuaram com o mesmo nível de excelência do primeiro dia, mostrando o comprometimento de Ademar Soares para fazer um encontro de alta qualidade.
Na primeira mesa foram discutidas questões como o uso racional dos recursos hídricos, a improbidade administrativa ambiental, as mudanças climáticas e o Protocolo de Kyoto, a energia sustentável nas Américas e a ecoeficiência na indústria do petróleo.
Ronaldo de Luca, gerente de recuros hídricos da COPASA, falou sobre os aspectos hidrológicos, domínio geocronológico, tipos de aqüífero, qualidade da água e citou o aqüífero Guarani como reservatório mais importante para abastecimento e reclamou que falta mão-de-obra qualificada para fazer intervenção nos aqüíferos.
DrªVirginia Tavares de Medeiros, gerente da ANNEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), mostrou em sua palestra dados sobre a análise, pareceres e estudos para se construir uma Usina Hidroelétrica e fez um alerta para os três interesses que devem ser equilibrados neste tipo de empreendimento: consumidores, governo e empreendedores.
Ela defendeu ser necessário o aperfeiçoamento dos processos de elaboração, análise e aprovação de estudos e projetos relativos à geração de energia hidroelétrica e mostrou o processo de autorização e concessão da ANEEL, que passam pela elaboração do EIA/RIMA e a realização das audiências públicas.
Sobre as mudanças climáticas, a Drª Thelma Krug, do Instituto interamericano para pesquisa sobre mudanças globais, defendeu que a natureza antrópica contribui na mudança climática, comentou sobre o processo de certificação e os mecanismos para desenvolvimento limpo, que tem, na opinião dela, um potencial competitivo no Brasil em energias alternativas e pequenas hidroelétricas.
Luiz Antonio Arroio, gerente de meio ambiente da Petrobras, em sua palestra sobre ecoeficiência na indústria do petróleo, apresentou um histórico do SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) e destacou que têm trabalhado com a integridade física do equipamento, já que as emergências ambientais acontecem por conta da falta de manutenção da máquina.
A ecoeficiência tem como principio produzir mais, impactando menos e, segundo Arroio, é assim que eles têm desenvolvido os projetos de excelência em SMS, fundamentados no compromisso visível, na responsabilidade de linha, na administração de desvios, no aprendizado contínuo e com foco no comportamento humano, envolvendo todas as áreas de atuação da companhia.
Seus projetos estão baseados em quatro temas: recursos hídricos e efluentes; emissões e mudanças climáticas; resíduos em áreas impactadas e, biodiversidade. Procurando minimizar o uso da água e definir quando e verificando onde o reuso é possível, prevenindo impactos das atividades da Petrobras sobre áreas impactantes e investindo em estudos para utilização de energia renovável (solar, biodiesel, biomassa e eólica).
Na segunda mesa, do dia 21, presidida pelo jornalista e escritor Vilmar Berna, foram abordados assuntos como o mapeamento florestal e a diversidade biológica, a biotecnologia e bioética como um compromisso sustentável nas Américas, as ações da sociedade em beneficio do equilibrio sócio-ambiental do planeta, meio ambiente, turismo e desenvolvimento sustentável na Austrália, ações dos ministérios das relações exteriores em sintonia com as preocupações ambientais internacionais e a responsabilidade sócio-ambiental do Banco do Brasil.
Jose Roberto Scoforo, Pró-reitor de Pesquisa da UFLA (Universidade Federal de Lavras), apresentou um inventário florestal de Minas Gerais e um dos produtos do mapeamento, que é um modelo de elevação digital e mapeamento da vegetação detalhado, mostrando as florestas, cerrado e meio ambiente, constituindo cerca de 58 milhões de hectares.
Esse inventário florestal teve como objetivo listar as espécies arbustivas e arbóreas em Minas Gerais, criar um banco de dados qualitativo e quantitativo do estoque em volume e carbono, verificar a pressão antrópica, verificar local para manejo florestal, bioprospectar flora para fármacos, verificar áreas de reflorestamento no Estado e definir política florestal em áreas apropriadas com manejo adequado.
O tema biotecnologia e bioética foi tratado pelo Coordenador da Cátedra UNESCO de Bioética da Universidade de Brasília e Presidente da Associação Brasileira de Bioética, Drº Volnei Garrafa.
Ele destacou que o desenvolvimento da tecnologia tem trago benefícios para somente ¼ da população e lançou criticas ao Congresso Nacional que, na sua opinião, é o cemitério da bioética.
- É um absurdo que a lei de biossegurança tenha sido votada da forma que foi no Congresso e Senado, juntando-se pneu de caminhão com sangue – disse Volnei Garrafa.
Na opinião dele o ministro da saúde deveria encaminhar para o Presidente da República, um projeto de lei para criação de um Conselho Nnacional da Bioética, que seja consultivo, para que fossem possíveis a realização de projetos da área social e o alcance da sustentabilidade.
Ele defende, com relação à bioética, o que ele chama de 4P’s: proteção de animais vulneráveis, precaução, prudência e prevenção.
Com uma lição de vida, Maria das Graças Marçal, conhecida como Dona Geralda , Presidente da Asmare (Associação dos Catadores de papéis e materiais recicláveis), falou a respeito das ações da sociedade em beneficio do equilíbrio sócio-ambiental do planeta. De origem simples, mãe de 12 filhos, ela começou a catar papel aos 8 anos de idade.
Hoje é presidente de uma associação de catadores e dá uma aula de cidadania contando sua história e mostrando sua visão sobre a preservação do meio ambiente.
- Pra mim nunca teve lixo, porque se fosse lixo não teria conquistado meu trabalho, minha e minha moradia. Descobri o meio ambiente e comecei a ver a vida de outra forma – diz ela e completa - Esse nosso trabalho é sobre meio ambiente, saúde, sobre o ser humano.
Sobre as suas duas idas aos EUA para falar sobre seu trabalho, Dona Geralda disse ficar impressionada com a quantidade de material descartável utilizado pelos norte-americanos.
- Cheguei num restaurante e era tudo descartável e pensei: “Meu Deus, como é que a natureza vai reagir contra esse povo?”. Não quero morar lá nem 8 dias, lá é lugar de ganância, ninguém conhece o outro, só conhece financeiramente e isso é muito triste – diz Dona Geralda.
O Embaixador da Austrália, Peter Heyward, apresentou os trabalhos que vêm desenvolvendo nas áreas de meio ambiente, turismo e desenvolvimento sustentável. Destacou o avanço com relação à legislação ambiental e o papel das populações indígenas: como os zeladores naturais da terra, participando compartilhadamente.na administração dos parques e reservas.
Recursos naturais economicamente importantes especialmente em áreas do interior: agricultura, mineração, turismo.
O governo, segundo ele, dispõe uma prestação de contas a cada 5 anos, através de um relatório sobre a situação do meio ambiente, apresentado no parlamento. Além de possuírem um conselho para a proteção ambiental e patrimonial e um conselho ministerial para o manejo de recursos naturais que coordena as políticas e sua implementação.
O turismo, que é um dos pontos mais importantes para a Austrália, vem se desenvolvendo de forma sustentável, com programas de incentivo nos quais os turistas participam de atividades como nadar com as baleias e voar pela Antártida. Neste os turistas escutam palestras sobre a região, vêem mapas e conversam com quem trabalha na Antártida, sem pisar lá. Este tipo de atividade, segundo o embaixador, tem um baixo impacto na região, porque os gases são soltos acima de atmosfera.
Vagner da Siqueira Pinto, representante do Banco do Brasil e Jean Benevides, da Caixa Econômica Federal, falaram sobre a responsabilidade sócio-ambiental das duas instituições financeiras para o desenvolvimento sustentável.
A última mesa do evento, abordou os seguintes temas: Conservação e utilização da biodiversidade biológica, Amazônia: novas lições do monitoramento de queimadas por satélite e os grandes riscos ambientais da mudança climática.
Evaristo Eduardo de Miranda, Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, apresentou resultados do monitoramento por satélite de queimadas na Amazônia, que conta com mais de 4000 satélites. As queimadas têm acontecido, em sua grande maioria, em áreas de cerrado, parques nacionais e territórios indígenas.
Segundo Eduardo Miranda, o objetivo é mapear os habitats faunísticos da região e alertou para o número de queimadas que vem aumentando cerca de 23% nas Unidadesd de Conservação e 41% nos territórios indígenas. Para ele, existe a necessidade de novas políticas publicas e uma agenda positiva com alternativas tecnológicas que sejam melhores para agricultor e para o meio ambiente, já que o Brasil ainda funciona com a agenda negativa (com multas), o que na visão dele não vem funcionando.
David Zee, professor do Departamento de Oceanografia da UERJ, fez uma palestra sobre os graves riscos ambientais da mudança climática. Ele optou por começar sua explanação com um histórico sobre a evolução do planeta e em seguida falou sobre a exploração dos recursos naturais e a nossa cultura de exportá-los, o que pode ser danoso para o país no futuro.
Ele atrelou o aquecimento global a impermebialização do solo, resultante do desenvolvimento das cidades e defendeu a criação de “áreas de respiração” nas cidades, em parques e praças com áreas verdes.
- Acredito na reversão do problema do aquecimento global, inclusive que, depois do Katrina os EUA vão assinar o protocolo de Kyoto e dar visibilidade para que as pessoas comecem a pensar em desenvolver programas para reverter o problema do aquecimento global - concluiu.
Paulo Kageyama, diretor de biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, em sua palestra sobre conservação e utilização da biodiversidade biológica, mostrou o ranking mundial de biodiversidade, no qual o Brasil fica em 1º lugar.
Ele citou a lei de acesso aos produtos genéticos e defendeu os conhecimentos tradicionais como primordiais no caso das tecnologias das plantas medicinais.
Após três dias de apreensão de tantas informações, posições e comprometimentos, os participantes saíram do Sesiminas mais fortalecidos para lutar pela causa ambiental e espera-se que, voltando às suas atividades cada um faça sua parte para contribuir com um planeta mais saudável.

Mais informações no site do evento: www.greenmeeting.org


Matéria originalmente publicada no Jornal do Meio Ambiente - Edição: Setembro/2005.

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